segunda-feira, 20 de outubro de 2003

Há coisas que não surpreendem



Comprei o meu primeiro álbum de R.E.M., ainda em vynil, em 1991. Tratava-se de Out of Time e era impossível não ouvir Losing My Religion a toda hora em qualquer lugar. Fiquei completamente fascinado pela voz do Mestre Stipe e pelas letras. Sim, pelas letras incompreensíveis (não é à toa que também gosto de Cocteau Twins) mas exactamente por isso cheias de significado. A partir desse momento comecei a coleccionar todos os álbuns anteriores da Banda e se alguma vez fui um verdadeiro fã de alguma coisa foi de R.E.M.. Aliás, num célebre (para mim e os meus amigos) concurso lançado pela então novíssima Antena 3, ganhei todos os prémios em vários dias consecutivos tendo sido proibido de participar (finalmente toda a verdade é revelada), no entanto, qual Robin Hood, distribui, os CD's, polos e meias pelos meus amigos que me haviam emprestado o seu nome para poder participar. Acreditem ou não o maior prazer era o desafio de responder às perguntas sobre R.E.M. e outros desafios.

Vê-los ao vivo foi também atribulado pois só por uma vez vieram a Portugal e mesmo assim com um alarme devido ao problema de saúde de Bill Berry. No entanto lá me encontrei no Pavilhão Atlântico para esse momento fundamental.

Hoje os R.E.M. são parte de mim, estão incluídos em centenas de episódios da minha vida, quase todas as suas canções me relembram uma situação ou uma pessoa, um dia ou uma ocasião.



Hoje, ao cabo de ler Mestre Inagaki há já alguns meses e de o considerar uma referência essencial no meu modesto universo bloguístico, descubro sem qualquer surpresa que também ela partilha uma paixão pelos R.E.M.. Descubro-o através de um texto sobre um concerto onde também gostaria de ter estado: R.E.M. no Rock in Rio, 2001. Tudo o que ele aí escreve podia ter sido escrito por mim (exceptuada a mestria), incluindo a referência ao seu álbum preferido, que me fez decidir escrever este post, Document, n.º 5. Só há uma coisa que posso acrescentar: em Lisboa ele tocou o Orange Crush. E ainda bem pois a minha orange crush estava comigo nesse concerto.



Um abraço Alexandre

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