sábado, 18 de outubro de 2003

Djavan



A propósito de um comentário da S. fiquei a pensar em Djavan. Já não o ouvia há muito tempo e, curiosamente a última vez que tinha tropeçado nele tinha sido em 1999 com o álbum ao vivo de que a S. escreveu. Those were the days...



No entanto nada comparado com os idos de 1981, em que Djavan lançou o seu mais fantástico álbum (pelo menos o meu preferido e que mais me marcou), Seduzir. Em poucos meses o álbum tocava na minha sala diária e continuamente....aliás como quase toda a música que o Brasil produzia... acho que era a forma dos meus pais perpetuarem os dias passados nos calçadões do Rio, à beira-praia em Natal ou nas areias perdidas de João Pessoa.



Desses tempos lembro-me de quase nada concreto, só dos sons e das memórias esbatidas a eles ligados. Quando anos mais tarde fui tentar dar nome às músicas descobri com sorrisos palavras como Seduzir, Êxtase e Total abandono. Quando pressionei a tecla da aparelhagem, agora já com o CD e não o vynil o salto quântico foi inevitável...estava reconciliado com o passado. Ou pelo menos regressado. E os regressos nem sempre são fáceis...mas hoje Djavan é ouvido menos mas com muito mais paixão e compreensão. Agora sei o lugar dele.

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