sábado, 18 de outubro de 2003

Dido



Já agora porque não falar um pouco sobre Dido?



O primeira figura que se conhece com este nome, e deve ser daí a origem do nome, é a Dido cartaginesa com quem Eneias, na sua fuga de Tróia (indo acabar em Roma), se cruzou. Esta princesa apaixonou-se pelo príncipe troiano que, infelizmente estava apenas de passagem, pelo que lhe deixou um amor não continuado. Se lermos as letras da Dido inglesa...acho que a história não mudou muito (de qualquer modo podem ler a Eneida de Vírgilio e ficam a perceber tudo...)



Em Portugal o fundador da Arcádia Lusitana (sim, aquela do Bocage), Correia Garção escreveu uma Cantata a Dido...muito neoclássico mas muito engraçado de se ler...e, com o espírito certo, muito romântico e erótico...well depende do lugar, da disposição e da roupa...as always...



Começa assim:



Já no roxo oriente branqueando,

As prenhes velas da troiana frota

Entre as vagas azuis do mar dourado

Sobre as asas dos ventos se escondiam.

A misérrima Dido,

Pelos paços reais vaga ululando,

C'os turvos olhos inda em vão procura

O fugitivo Eneias.




Grande Correia Garção e grande Dido...



...eu uma vez, quando ainda era mais puto e tinha a mania que escrevia, acho que desenhei umas palavras sobre este poema... como hoje vou andar a mexer nisso, se encontrar ponho aqui.

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