sábado, 18 de outubro de 2003

A Barreira Invisível ou Have you passed through this night?



Agora sei de onde me lembrava de Explosions in the Sky. Ouço com atenção o álbum do meio, Those who tell the truth shall die, those who tell truth shall live forever.

Chego à música n.º 4 do álbum, Have you been through this night? e começo a escutar palavras familiares. Num repente regresso a um dos meus filmes preferidos - The Thin Red Line de Terrence Malick, que tive oportunidade de rever este ano na cinemateca, aquando de um ciclo de cinema de guerra. Penso que já aqui o escrevi, mas recupero, que os filmes de guerra e os épicos são dois dos meus géneros preferidos. Desde logo porque a fasquia está sempre muito alta neste tipo de filmes...é muito fácil fazer um mau épico ou um mau filme de guerra. Mas nos épicos há uma dimensão de transcendência humana que me fascina e sobre a qual escreverei um dia. Por outro lado nos filmes de guerra o homem é retratado no seu excesso máximo, no ponto onde a sua humanidade é testada até ao limite e onde a hipocrisia e a negação são muitas vezes supreendidas, mesmo quando vencem. Isso mesmo consegue demonstrar Terrence Malick na sua magnífica Barreira Invisível.

Malick filme com uma mestria suprema o metafísico da guerra, que é sempre o mais importante, pois é o que pode prevenir futuras guerras. A humanidade, o Mal e o Bem, nessa arena de veias, pêlos, suor, desejos, amarguras onde se vive uma Guerra, o momento final das esperanças e das ilusões.... é bom encontrar Explosions in the Sky por entre as profundas palavras da estreita linha vermelha:



"This great evil?...where does it come from? How did it steal into the world? What seed, what root did it grow from?

Who's doing this?

Who's killing us?

Robbing us of light and life. Mocking us with the sight of what we might have known?

[...]

Does our world benefit the Earth? Does it help the grass to grow and the sun to shine?

Is there darkness in you too? Have you passed through this night?"






Veja-se o que a banda diz sobre isto, aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário