sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
A teoria dos desejos conhecidos
Como vamos de um momento para o outro
______ sempre suportando um meio termo
a que possamos chamar vida ____ é o caso.
Eu defendo o desejo. O desejo conhecido.
o desejo que se conhece por dentro,
de experiências passadas, da _________
repetição.
Um bom livro e um dedo de
malte de doze anos na tua divisão
preferida da casa: o velho cadeirão
à janela, sob o candeeiro de grinaldas.
Uma pint de Guinness, com o Pedro,
um velho amigo de infância, no pub
lá em baixo, ao pé do rio.
Poucas palavras ditas, mas suficientes
olhares trocados, sobre a confusão rodopiante,
para nos sentirmos abraçados.
Uma corrida de doze quilómetros, à alvorada
com vento frio bastante para
corremos mais depressa e baralharmos
os nossos pensamentos assustadores.
Uma fuga ao fim de semana, rumo ao sul
para os limoeiros e a casa que é deles,
os aromas substituindo os sons, e o silêncio
e um céu mais largo, serenando tudo.
Momentos como estes, desejados,
através de uma mistura de boas memórias
e descobertas entusiasmantes
servem para mostrar-nos que a vida
não é um contínuo de horas
mas o que resta de um conjunto de
desejos, satisfeitos e prolongados.
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