domingo, 31 de outubro de 2010

O jogo da estrada aberta

Passaram 19 anos desde a morte do poeta da Song of the Open Road - o meu poema preferido de todos os tempos - quando, em 1911, entramos no mundo de Red Dead Redemption, a última criação tecnológica da Rockstar, mais conhecida pela sua saga GTA - Grand Theft Auto.

No maravilhoso mundo dos videojogos, jogos como o GTA e agora Red Dead Redemption, chamam-se jogos Open World, porque para além de um fio narrativo, composto por um número finito de missões, há um mundo inteiro para explorar onde são reproduzidas infinitas situações novas (embora, evidentemente, dentro de um leque vasto mas limitado de categorias). Este conceito de jogo, sustentado por gráficos e música belíssimos, fez-me pensar no poema de Whitman: muitas e muitas vezes já dei por mim a ligar a PS3 apenas para cavalgar por alguns minutos, relaxando ao som do trote e do galope.

Jogos em open world são o futuro. Além de prolongarem, em muito, a vida útil dos jogos, que deixa de estar limitado a "ser acabado", este tipo de abordagem cria profundidade de campo, puxando o jogador para dentro do jogo de modos muito mais ricos e complexos e, sobretudo, adaptados à personalidade de cada jogador. Há uma libertação do jogador que, para além da história do jogo, que partilha com todos os que o compraram, se encontra disponível para criar a sua própria experiência, cheia de possibilidades. Como a estrada aberta.

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