segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Morreu no Outono, não se pode pedir mais

Morreu Alçada Baptista. Aqui no Límpida dediquei-lhe um único texto*, a 21 de Julho de 2004 - meus deuses, como o tempo passa... - tendo como mote O Riso de Deus, um dos meus romances preferidos, cujo protagonista é meu homónimo. O texto lembrava também esse outro magnífico romance, O Tecido do Outono. Creio que o melhor texto que lhe poderia dedicar está, assim, já escrito. Fico feliz, aliás, por tê-lo escrito em sua vida, pois para mim Alçada Baptista era sobretudo isto: um escritor que era um homem que andava por aí, a pensar e a escrever sobre essa coisa sublime, que são as pessoas à nossa volta sentindo, sentindo estupidamente, estranhamente, incomodamente, totalmente.


* texto que, relendo-o agora, mais de quatro anos sobre o momento em que o escrevi, me parece poder pertencer, sem qualquer dúvida, à colecção Estudos em prelúdios para uma Allgemeine Theorie der Einsamkeit. Há questões que não andam connosco. São nós.

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