quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Rosé

Posso estar enganado mas o ano que vem vai ser o ano dos Rosés. A coisa tem andado a fermentar, há já quase uma década, para quem esteja atento mas, por um daqueles fenómenos que não se explicam, ainda não explodiu. A minha tese é simples: estamos no dealbar de uma nova era dos Rosés. Longe e lá fora ficam os Mateus e afins, com a sua doçura enjoativa, que de vinho tinha pouco. Não foi apenas a sofisticação que chegou aos Rosés, foi a atenção. Não querendo citar para aqui Moravia, a atenção é quase uma virtude. Muito mais nos dias de hoje em que estar atento não é apenas uma necessidade de sobrevivência mas uma arte, por entre tantas opções da modernidade. Pois bem, não há hoje produtor que não se preze que não tenha o seu Rosé, com quatro ou cinco anos. Rosés que apostam nas castas tradicionais vinificadas através de novas técnicas que lavaram a alma aos Rosés. Eu recomendo o Vinha da Defesa, da Herdade do Esporão, para ficarem com uma ideia do que estou a dizer mas há para aí outros igualmente bons. E no que toca a comprar é aproveitar este Verão, pois se tenho razão, no próximo dá-se o hype da moda e o boom dos preços. E está bem na outra de trazer para o calor o que mais se aproxima do vinho tinto, bebido bem fresco, a pedir marisco ou fruta.

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