terça-feira, 6 de maio de 2008

O funambulismo do homem dedicado

O homem dedicado anda sempre à beira de tombar. Ora que tomba para o desalento e para o desânimo, ora que tomba para a estroinice. É um tomba-la-lão à espera de acontecer. Mas, como homem dedicado que é, lá vai, no seu fio de prumo, na sua corda a 20 metros de altura da vida, fazendo o que tem que fazer. E nem pensemos nisso agora. Ele também não pensa. Ele faz, ele vai fazendo. O funâmbulo é um homem dedicado, vai de uma ponta à outra do fio e só se sente verdadeiramente bem, no topo dos mastros, entre o ir e o vir do fio.

1 comentário:

  1. O funambulismo do homem dedicado é muito parecido com a bipolaridade, não é?

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