sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Por entre os arrozais (ii)

não se pode engolir o dia

mas posso
- com a violência invisível do desejo -
consumir a perpétua continuação das horas

descobrir nas margens quentes do corpo
a libertação demorada do horizonte
- alguns minutos antes -
de tu nasceres com a cidade.

todas as noites a madrugada
te devolve à minha vida e
- eu sinto todo os caminhos do mundo -
afinal, somos feitos de viagens

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