segunda-feira, 9 de julho de 2007

Velocidades pessoais

O cliché pode bem ter matado as reflexões sobre o tempo ser relativo mas na sua dimensão mais íntima, psicológica, esta é uma questão muito interessante: a apropriação e consciência do tempo.

A forma como um ano é radicalmente diferente para uma pessoa e para outra. E a forma como, por essas diferenças, por vezes se produzem epifanias serendípticas (não, não existe):

tenho a felicidade de compartilhar boa parte da minha vida com alguém que tem um noção de tempo oposta à minha: o tempo lento por contraposição ao meu tempo acelerado.

Anos seus, horas minhas. Por sortilégio: tempo nosso. Como aprendendo com isso (e gostanto de aprender) se produzem combinações estranhas, depois entranhadas, na linha de um brownie quente, de chocolate, com uma bola de gelado por cima.

Mas toda a vida são paradoxos, eu sei.

3 comentários:

  1. a temática do tempo interessa-me muito e sobre isso já li um livro fascinante, A Dança da Vida, do Edward T. Hall.

    já leste? é mesmo muito interessante e está escrito (habilmente) de forma cativante.

    essa obra fez parte da pesquisa para um trabalho que tive de fazer há uns anos e simplesmente não consegui parar de ler.

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  2. hm...não conheço. Vou investigar. Sobre este tema nunca mais me calava, mas enquanto estou aqui a escrever este comentário lembro-me deste livro fascinante: A sideways look at time, de Jay Griffiths. Lembro-me que o li de uma penada... Vais gostar.

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  3. está já anotado na lista "procura-se".

    merci.

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