sexta-feira, 21 de maio de 2004

O templo



A fotografia que substituiu a praia de Altura, no Algarve, foi tirada há cerca de um ano, com uma máquina fotográfica digital, sem flash, na noite de Évora.



É a terceira fotografia que aqui coloco como fundo, desde a primeira, Fogo Azul.



por isso, e ele perceberá, este post vai dedicado ao Doido&Vanus.





Crivos da vontade

Perpétua pela casa

Gritos de insaciedade

Espalhados por mim em brasa.

Corre longa a satisfação

De ser estigma de tanta gente

Sinto em mim a emoção

Pulsando, emergente.

Vou desvairado pelos ares

Travessos

Destes lugares.

E é onde me encontro sereno

Que descubro os meus olhares.

Tinha-os cravado

Havia muito tempo

E correndo louco e desvairado

Vim encontrá-los neste templo.

Porque o é, da minha dor

Tanto como da minha mágoa

O meu pesar é não ter amor

E sofrer eterna frágua.

Por isso crivos da vontade

São todos os meus suspiros

É tudo o que faço.

E aquilo que julgo ser,

É um vidro fosco e baço.

Esse vidro é toda a gente

Para ele corro e o abraço.




Frederico Valadares

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