sábado, 24 de abril de 2004

Stromboli - Terra di Dio



Ontem, na Cinemateca, pude ver o primeiro encontro cinematográfico de Roberto Rossellini e Ingrid Bergman, o fascinante Stromboli, nome também de uma ilha italiana onde se centra toda a história.



Deste filme gosto do modo como o horizonte de Rossellini soube conter Bergman num percurso solar, vulcânico talvez fosse mais correcto, de caminho, tentação, suprema liberdade, perdição e redenção. Algo a que podemos assistir todos os dias, nos dias mesmos, ao passar das horas. Eis o percurso do sol (e dos astros restantes).



Bergman e o filme começam da mesma maneira. Na solidão humana que permite confundir (ou tornar indistintos) Deus e a Natureza, passando pela terra dos homens e pelos seus modos morais/animais. Onde Bergman surge como um ícone de sofisticação desejada, individual, criadora. O seu percurso é pois o de se descobrir nas (suas) limitações perante as Forças Maiores.



Não é, por isso, estranho que o filme comece com a apropriada citação da Bíblia...

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