quinta-feira, 18 de março de 2004

Breves notas sobre a chegada da Primavera - II



quando penso em ti estou sempre longe. A dor passou por mim muitas vezes. É algo paradoxal que me lembre da dor quando principio a escrever para ti. Mas todo o paradoxo é isso mesmo, aparência que se deseja ver explicada, descoberta. Contigo a dor que passou, mesmo a que venha, não tem de ser um medo. Não tem de ser silêncio. Torna-se, pela primeira vez, palavra. E depois de palavra uma forma de explicar o que está para além, passado e futuro, do presente feliz que me dás. Como o dás é simples: olhas-me como uma menina séria de grandes olhos fundos. O que faças a seguir é sempre um sorriso meu, um mimo. Contigo sou feliz. És a minha Primavera, se alguma vez houve nome mais perfeito para ela, meu amor.

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