segunda-feira, 1 de dezembro de 2003

Vou retirar-me para meditar



porque



A verdade é uma criança crescendo.



Não é o Nada nem é o Absoluto. É algo que se há-de assemelhar a uma forma sempre cambiante, que arde e dói, que extasia e enobrece e que, mesmo ardendo nas mãos e no peito, podemos aprender a transportar. Algo que não deixamos de amar mesmo que permanentemente se refunda, flua e reflua. Eis uma criança crescendo. Eis a verdade.



Está longe das certezas da modernidade, de Descartes a Hegel e está para além dos vaticínios da pós-modernidade de Lacan a Derrida. Está viva, embora mudando. Não está morta, pulsa.



Está também para além de Kierkegaard, Nietzsche, Heidegger ou Sartre pois a verdade não é uma intencional existência afirmando-se. É uma busca que pode buscar-se a si mesma, enquanto explicação do percurso e não da chegada.



Não há intenção há deslumbre e chamamento.



Nada de novo, vou em busca.

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